Óh fria solidão...
Por que insistes em
me ser companheira!
Sabes bem, que agora
eu não lhe desejo perto assim...
Pode ser que às vezes
eu até lhe aceite, e lhe faça vista grossa...
Mas não me venhas agora com essas propostas...
Querendo hospedar-se juntinho de mim!
Pois prefiro eu, lhe ser hospedeiro...
É melhor que seja sempre assim...
Solidão,
entenda-me:
Tenho que ser verdadeiro!
Para que eu não sofra com sua ambígua presença...
Desejo conhecê-la bem melhor primeiro!
E depois convidar-lhe-ei, naqueles momentos precisos...
Em que eu esteja meio indeciso,
sem saber bem o por quê!
Num conciso silêncio ou
em um momento narciso;
mesmo assim, só se for preciso!
Eu chamarei por você!
Mas agora não solidão;
não te preciso!
Por isso, peço-lhe:
Só me venhas nas horas em que for convidada!
Não arrisques de novo ser negada!
Não recaia nesse ávido processo...
Cara solidão:
Espero que me compreendas!
Jamais lhe direi, que nunca precise de você!
Claro que tem horas que até pode ser...!
Mas agora, não é boa hora,
desculpe:
Não lhe posso receber!
Vai-te embora!!!
Prometo-lhe,
que quando for a hora...
Voltarei a
lhe
escrever...